quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pokhara

Pokhara é uma cidade grande, em se tratando de um país como o Nepal.
Fica localizada num vale, sendo margeada pelo Phewa Like (um belo lago
com um pequeno templo no meio) e tendo os Annapurnas observando e
olhando para a cidade.
Os Annapurnas são uma cadeia de montanhas que ajudam a formar os
Himalaias.

Pokhara pode então ser dividida em 3 partes:
* A cidade tibetana, onde os refugiados tibetanos vivem e construiram
suas vidas, transformando um pequeno pedaço do Nepal em Tibet;
* Old Pokhara, a parte mais antiga da cidade e nada turística, onde a
maioria dos nepaleses vivem, parte barulhenta e movimentada da cidade;
* Like Side, a parte turística da cidade, às margens do lago Phewa,
uma parte calma de Pokhara, com pouco barulho, muitas lojas vendendo
tudo de tudo o que se pode imaginar, restaurantes, bares, padarias....
tudo é possível encontrar no Like Side.

Como todo turista, estou hospedada em Like Side, e aos poucos fui
descobrindo as maravilhas da cidade e a beleza dos Nepaleses.

Vim para o Nepal com o intuito maior de fazer um trekking pelos
Himalaias, mas cheguei aqui já no meio de uma crise alérgica, que
começou a aparecer quando eu estava ainda em Varanasi. Conversei com
um guia e ele me desaconselhou a fazer o trekking, porque nas
montanhas faz muito frio nessa época do ano (aqui é inverno) e eu
iria encontrar as casas de chá (abrigo onde todos passam as noites)
frias e com cobertas empoeiradas... segui então o conselho do guia e
fiquei aproveitando Pokhara.

Fiz uma parte de trilha de Sarangkot, um monte que tem nas redondezas
de Pokhara, fomos eu, Marcela (colombiana) e o Javier (espanhol),
subimos o quanto conseguimos, apreciamos a vista lá do alto e
voltamos!!!
Fui com os 2 casais de espanhois à vila tibetana, como já contei aqui.
Fizemos um passeio de barco pelo lago Phewa, um lindo e agradável
passeio! Nesse dia, o tempo amanheceu fechado, ficamos tomando um chá
até o céu abrir e o sol aparecer, então alugamos um barco e
passeamos pelo lago, paramos numa pequena ilha que tem no meio do
lago, apreciamos o templo que tem nela. Paramos numa pequena praia,
conversamos, rimos e descansamos, algumas horas depois de partirmos,
voltamos às margens do Phewa e devolvemos o barco.
Saí também uns dias sozinha e fiquei a observar a ida e vinda dos
turistas e nepaleses, a apreciar os Annapurnas sempre observando
Pokhara, seus moradores e visitantes, sentei às margens do Phewa e
apreciei o sol!!!
Um dia, fui com a Maria e o Fran conhecer Old Pokhara. Muitas lojas,
muitas barracas nas calçadas, muita gente e muitos carros na rua,
buzinando a todo instante. A parte não turística de Pokhara nada
lembra a parte turística, ela é mais natural, mais nepalesa. E aqui,
os nepaleses são eles próprios, um povo simpático, que a todo
instante quer te ajudar e mostrar as belezas do país deles. Aqui, no
comércio, não tem essa de ficar barganhando preço, eles cobram o
justo, seja você turista ou nepales. Adorei a oportunidade de conhecer
mais o verdadeiro Nepal e os nepaleses.

Quando me preparei para vir ao Nepal, achei que o país e a cidade de
Pokhara fossem mais frios, por ser alto e ser inverno, mas não, o
clima aqui é bem variado e bem agradável. Pela manhã, noite e toda a
madrugada, é bem frio e tenho que estar sempre agasalhada, mas durante
o dia, o clima é agradável, peguei todos os dias de sol, o que me
permitiu ficar sem o casaco, só com uma blusa leve de manga comprida. E
se estou ao sol, nem a manga comprida é necessária.

Uma curiosidade sobre o Nepal. Aqui, a energia elétrica é algo
problemático, na verdade, ela é meio escassa. As casas, hotéis e
restaurantes não possuem aquecimento, o que faz os ambientes ficarem
frios. A água, usa energia solar para aquecer, então ela só é
realmente quente uma pequena parte do dia, principalmente se
considerarmos que o sol nunca está a pino, como somos acostumados a
ver no Brasil. Outro fato importante, em Pokhara e nas outras cidades
nepalesas, a energia falta 2 vezes ao dia, normalmente por volta das 5
horas da manhã e por volta das 5 horas da tarde, retornando mais ou
menos 4 horas depois, mas isso não é regra. Nos dias que estive aqui,
a energia faltou nos mais variados horários, e algumas vezes demorou 4
horas pra voltar e outras 2 horas depois ela estava de volta... com
isso, todos os lugares possuem geradores, só para as coisas básicas
e poucas lâmpadas.
Mas isso não interfere na beleza do lugar e em nada nos atrapalha em
aproveitar por aqui.

Fico agora por aqui, que acabei me estendendo muito, depois conto mais.

Beijos!!

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