terça-feira, 26 de outubro de 2010

Viver ou Juntar dinheiro?

Muitas pessoas não entendem porque eu larguei tudo e fui viajar pelo mundo.
Algumas não ficam contende com a minha resposta ou não entendem perfeitamente.


Hoje eu recebi um com o texto abaixo:
"Meu nome é Sergio e tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada.
Quando eu era jovem as pessoas me diziam para escutar os mais velhos que eram os mais sábios, agora, me dizem que tenho que escutar os jovens, porque eles são mais inteligentes.
Na semana passada, eu li na revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico, e eu aprendi muita coisa.
Aprendi, por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de ter tomado um cafezinho por dia nos últimos 40 anos, eu teria economizado R$30mil. Se eu tivesse deixado de ter comido uma pizza por mes, eu teria economizado R$12mil, e assim por diante.
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas e descobri, para a minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário; bastava eu não ter tomado as caipirinhas que eu tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que eu comprei e principalmente não ter desperdiçado o meu dinheiro em itens supérfulos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$500mil na conta bancária, é claro que eu não tenho esse dinheiro, mas se tivesse, sabe o que esse dinheiro me permitiria fazer??? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfulos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos a vontade.
Por isso, acho que me sinto feliz em ser pobre: gastei meu dinheiro com prazer e por prazer.
E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz, caso contrário eles chegarao aos 61 anos com um monte de dinheiro, mas sem ter vivido a vida..."
Texto enviado a Max Gehringer - do jornal da CBN Brasil



Então, vamos tomar um cafezinho, comer uma pizza e conhecer um lugar diferente?


Beijos e boa semana!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

“Where do you live?”

Nessa minha procura por definir o que é estar em casa, se sentir em casa, fui ler um post Bárbara, cidadã do mundo, sobre o assunto.
Achei o post tão perfeito que estou copiando uma parte dele e deixo aqui pra dividir com vocês .


"...e já cheguei à conclusão que, onde quer que eu esteja por mais de 3 dias dormindo na mesma cama, já “moro” aí...
O mais interessante é quando a pergunta é feita em inglês: “Where do you live?” Porque se traduzido, isso fica “Onde tu VIVE?”
E pra essa pergunta posso responder... 
...vivo nas ruas por onde caminho, nas cidades que exploro, nos países que visito...
...vivo nas folhas do outono que estalam sob meus pés, na neve que afunda macia deixando pegada, na areia das praias que pisei...
...vivo nos prédios históricos, nos paralelepidedos das ruas datadas de séculos passados, no badalar dos sinos das igrejas góticas...
...vivo na paisagem que vejo do alto de um morro, nas montanhas vistas da janela do avião...
...vivo no Danubio a correr, no por-do-sol no Tejo, na neve caindo sobre Ljubljana...
...vivo nos trens, nos aeroportos, nas rodoviárias, nas fronteiras, nos carimbos do meu passaporte...
...vivo nos jantares que cozinho para os amigos e na comida de seus países que eles compartilham comigo...
...vivo no chimarrão que tomamos juntos, no chá quente depois de um dia frio...
...vivo nas conversas que tenho com todas essas pessoas que encontro, nas histórias maravilhosas de suas vidas, nos seus planos para o futuro, nas suas opiniões sobre o mundo...
...vivo nas risadas compartilhadas com amigos, nos sorrisos das pessoas que cruzam meu caminho nas ruas, nos abraços de reencontro...
...vivo nas noites badaladas de festa, nos domingos preguiçosos...
...vivo em cada momento, nao importa o país, a cidade... não importa a cama onde durmo, sob qual teto me abrigo ou quem são as pessoas que vêem a minha cara de quem recém acordou... VIVO a minha aventura, as minhas viagens...  ...vivo tudo isso porque estou exatamente onde gostaria de estar em cada momento :)"

Espero que tenham gostado tanto quanto eu.
E é assim que me sinto hoje, é assim que posso definir o que é estar em casa.
Beijos e ótimo feriado!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

mais um pouco sobre "estar em casa", "se sentir em casa"

Voltando a falar sobre me sentir em casa e tudo que pode envolver esse tema...

Como disse no último post, eu fui pra Vitória, ou pra casa. E realmente eu fui pra casa. Mesmo não tendo mais quarto, cama e armário. Ou ainda trazendo uma enorme mala com muitas das minhas coisas que ainda estavam lá  (e por sinal, essa cena ainda vai se repetir algumas vezes, eu não imaginava que tinha tanta coisa assim).

Ao desembarcar no aeroporto de Vitória pela primeira vez desde que me mudei pra São Paulo, tive uma sensação parecida com a que eu tive quando voltei da minha viagem. Sensação de chegar a um lugar tão conhecido e comum a mim. Com uma vontade de olhar a minha volta e reconhecer tudo. Mas tive também algumas percepções diferentes. Como sentir a úmidade do ar imediatamente ao desembarcar, o cheiro diferente no ar, o vento característico da praia, e mesmo com dias não tão bonitos e de céu aberto, apreciei o céu de Vitória como eu provavelmente nunca havia apreciado antes.
De todas essas novas impressões ou percepções da cidade, a que mais me marcou, foi sem dúvida o cheiro do ar. E então me lembrei de uma conversa que eu tive há pouco tempo, em um dos meus primeiros dias de chuva em São Paulo.
Estava trabalhando e começou um chuva forte, alguns minutos depois da chuva iniciada me dei conta que estava tentando sentir o cheiro característico que a chuva tem pra mim, mas esse cheiro não aparecia no ar. Virei pro meu gerente e disse: "Aqui a chuva não tem cheiro de chuva." Ele me respondeu que já tinha passado por isso também, mas que em São Paulo não tem terra pra cheirar a chuva. Pensei mais um pouco sobre isso, e quando um outro colega do trabalho chegou na sala perguntei: "Qual o cheiro da chuva pra você?" E tive como resposta que a chuva não tem cheiro... Estranho?? Pra mim foi. E esse fim de semana em Vitória, com novas percepções de cheiros, me fez pensar que lá pode ser sempre minha casa, e que isso não impede de São Paulo também ser minha casa, que também poderá me trazer sensações e recordações.
E então, talvez seja mais fácil definir o que é se sentir em casa, e mais difícil pra quem nunca esteve "fora de casa", entender o que é isso.

Obrigada a todos que continuam me acompanhando aqui.
Obrigada a todos os amigos que lembraram do meu aniversário, especialmente Aline, Dudu e Elisa, que mais uma vez conseguiram encurtar a distância!