Minha viagem ao Alasca pode ser dividida em duas partes:
* Parte 01 - viagem por mar (que vou escrever agora);
* Parte 02 - viagem por terra.
Então, vamos à parte da viagem por mar.
Cheguei ao Canada Place, porto de onde partiu meu navio, por volta das 14h. O lugar é pouco sinalizado, mas quase todos que estão por ali estão fazendo a mesma coisa que você: procurando um navio. Então é só seguir o fluxo. No local de embarque, tudo é organizado e funciona.
Como em uma viagem de avião, você despacha a sua mala, a diferença é que aqui você não fez seu check-in. Na verdade, a última coisa que você faz é o check-in. Primeiro você passa pela imigração canadense, depois pela imigração americana (aqui ela é menos rigorosa que nos aeroportos.). Cada deck tem um horário para o check-in, até chegar o seu horário eles te colocam numa sala e é só esperar. Assim não formam filas loucas e o pessoal consegue se organizar.
Dado o seu horário, aí sim você faz o check-in, recebe a chave da sua cabine e um folheto com instruções básicas para vivência no navio. Antes de entrar efetivamente eles ainda tiram uma fotinha sua para controle.
Pronto, passada todas as etapas era hora de conhecer o navio e curtir a viagem.
Meus primeiros momentos no navio foram assim, de reconhecimento. Deixei minha bagagem de mão na minha cabine (a minha mala só chegou de noite) e fui andar pelos 13 andares do navio, conhecer as opções de lazer que eu teria nos próximos dias.
Por volta das 17h meu navio levantou âncora e estava eu, partindo para o tão sonhado Alasca. Acompanhei a partida do navio da proa, observando Vancouver ficar para trás e curtindo a curiosidade do que estava por vir, descobrindo as novas paisagens.
Pouco depois do navio partir, tivemos um treinamento para evacuação, caso necessário, e já era tarde, hora de jantar e curtir o pôr-do-sol.
No navio existem duas opções para jantar. Uma que você janta todas as noites na mesma mesa, mesma hora, mesmo garçom e mesmas companhias. E uma outra opção, que você varia tudo todos os dias.
A minha opção de jantar foi a segunda, o horário era sempre mais ou menos o mesmo, mas cada noite era uma mesa diferente, garçons diferentes, companhias diferentes, estórias diferentes, a única coisa que repetia era o maitre, que depois do primeiro susto deu estar viajando sozinha, logo deu um jeito de só me colocar em mesas com pessoas legais e divertidas. E foi assim que eu descobri que além de mim, só tinham mais duas pessoas viajando sozinhas, dois homens. E foi assim também que eu descobri que além de mim, tinham mais 3 brasileiros no navio, todos na tripulação.
Além do restaurante principal, tinham também os temáticos e um outro mais informal. O café da manhã foi sempre nesse mais informal, como também os almoços. O café da manhã era sempre reforçado, isso porque os almoços eram por volta das 16horas, já que eu queria aproveitar ao máximo o tempo nas cidades, vilas que aportávamos.
Um parênteses sobre o almoço: logo no primeiro dia eu descobri que nesse restaurante mais informal, tinha sempre a opção de comida indiana, o que acabou fazendo parte do meu cardápio de almoço todos os dias. Era dall, palak paneer, currículo de todos os tipos, nann, entre outras opções... com isso me dei conta de como eu estava com saudade desse pedacinho da Índia. Quem acompanhou meu relato sobre minha estada na Índia deve até ter se assustado com a frase: saudade de alguma coisa da Índia.... mas, o que eu posso fazer rsrsrsrsrsrs
Voltando a viagem pelo Alasca...
Meu navio parou nas seguintes cidades/vilas do Alasca: Ketchican, Icy Strait Point, Juneau (capital do Alasca), Skagway e Seward, e essa foi a última parada. Além dessas cidades/vilas, ainda tivemos um dia de navegação, com parada para apreciar a Hubbard Glacial, uma incrível e apaixonante paisagem, de tirar o fôlego!
Todas as paradas me proporcionaram deliciosos passeios, tantos pelas ruas como pelas florestas, montanhas e lagos. Pude observar, curtir as cidades, sempre com uma paisagem encantadora.
A paisagem durante todo o tempo de navegação também é encantadora.
Eu achava que a viagem de navio poderia ser monótona, boring, mas logo no primeiro dia eu já vi que a viagem de nada seria boring. Imagina jantar e ver baleias pulando próximo de você? E o céu após o sol se por ainda estar claro, e continuar assim por bastante tempo? Tanto que eu ia dormir e não havia escurecido ainda... estar nas cidades com as montanhas de pico de neve eterna também é encantador, sem palavras para descrever. Seu apaixonada por esse tipo de paisagem!
E imagina minha emoção de andar sobre uma geleira e beber das suas águas? Além de ter andado de helicóptero pela primeira vez na vida!!!!
Bom, abaixo algumas fotos que ilustram tudo isso!
Partindo de Vancouver
Pôr-do-sol no navio
Um pouco da paisagem durante a navegação
Ketchican, a primeira parada no Alasca
Em todos os lugares, sempre os totens estão presentes.
uma trilha pela rain forest
Caribou
Águia
Icy Strait Point
Com os pés nas águas geladas do Pacifico Norte
Mais um passeio pela Rain Forest
Juneau - Capital do Alasca
Passeio de helicóptero
Glaciar Mendenhall
Skagway
Trilha para o Lower lake
Lower Lake
A trilha de volta
Glaciar Hubbard
Seward
Vida maringa do Alasca
e de Seward a viagem seguiu por terra.
Em breve venho contar sobre essa outra parte da viagem pelo encantador Alasca!