quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Saudade...

Saudade...

Quantos tipos de saudade será que conhecemos?
Saudade é sempre saudade ou ela varia?
Pra mim, saudade era: recordações de momentos e/ou pessoas que vinham em minha mente.
Estranho dizer que era, porque de alguma forma saudade ainda tem o mesmo significado, mas descobri que sentir saudade não é sempre a mesma coisa. A saudade de uma mesma coisa é diferente com o momento da nossa vida. Ela é diferente também dependendo do quê se tem saudade.
Há poucas semanas me peguei pensando sobre isso, foi quando me dei conta dos diferentes tipos de saudade que podemos sentir, e que de verdade sentimos. Bom, pelo menos eu sinto assim...
Pensando nos vários tipos de saudade, fiz uma pequena lista do que EU sinto saudade:
  • Saudade dos lugares que visitei e gostei;
  • Saudade de momentos que vivi;
  • Saudade de quando eu era criança e nada mais importava além de brincar;
  • Saudade da pouca responsabilidade que eu tinha na faculdade;
  • Saudade das conferências da Aiesec com seu “work hard, play hard”;
  • Saudade do pique que eu tinha nessas conferências da Aiesec;
  • Saudade dos almoços regados a vinho com Aline;
  • Saudade de não ter compromisso;
  • Saudade de ter muitos amigos sempre por perto;
  • Saudades da praia e do clima que uma cidade de praia tem;
  • Saudade dos amigos que estão longe e há muito tempo não vejo;
  • Saudades da família que também está longe;
  • Saudade dos que foram e não voltam mais.


Sentir saudade é algo habitual, rotineiro na minha vida, e acho que na vida de todos. Quem fica muito tempo sem sentir saudade de algo? Toda vez que paramos e pensamos em algo que já vivemos, é por temos um pouco de saudade daquilo.
Desde que eu voltei para o Brasil, principalmente depois que eu mudei pra São Paulo e voltei a “viver no mundo real”, me dei conta como a saudade de uma mesma coisa, um mesmo momento, pessoa, ocasião, lugar, como essa saudade muda de acordo com o nosso momento da vida.
Hoje sinto mais saudade de coisas que estão perto de mim, do que quando eu estava fora. Porque isso? Não sei responder ao certo, talvez porque a rotina nos faz lembrar mais dos momentos, das pessoas que estão longe. Talvez saber que a distância não é tanta assim faça a saudade aumentar. Talvez seja a falta de diversidade.  Ou ainda outras tantas coisas que eu não pensei.
E dentre todos os tipos de saudade que podemos sentir, independente de qualquer que seja o momento que estamos vivendo, me deparei com um que considero a saudade mais difícil de sentir. A saudade de quem foi e não volta mais.
Sentir saudade do que fomos, do que vivemos, pra mim, é uma boa lembrança, não significa querer voltar no tempo, significa que foi um momento bom na minha vida, que me fez ser quem eu sou hoje. Que me levou as caminhos traçados. E que me fazem querer sempre mais, querer melhor.
Sentir saudade dos lugares que visitei é um estimulo a voltar, e voltar depende mais de mim do que qualquer outra pessoa.
Sentir saudade dos que estão longe me faz querer estar perto, então basta procurar a oportunidade, e acha-la depende de mim.
Mas sentir saudade de quem não podemos mais encontrar é duro, porque em nada depende de mim. Não depende de mim, não depende de você, não depende de situação nenhuma e de mais ninguém. Essa é uma saudade que temos que aprender a lidar com ela, pois nada mudará isso...

Um comentário:

  1. Muito interessante e profundo o texto, parabéns.
    Vale para ler refletir. Até com um certo saudosismo.
    Nestor - alumni @GV 2000

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